Thursday, April 07, 2005

Protesto Anti-Adultos

Procurando algo que me ajude a viver, lutando para respirar mais fundo num mundo que nada quer de mim, a não ser que me junte a ele...Esse mundo é uma selva onde os Homens são canibais e têm facas afiadas para cortar as pernas a quem não atingir os objectivos por eles perseguidos.
Eu não quero crescer. Aliás, quero, mas quanto baste. Ser adulto não me seduz, apesar de haver aspectos essenciais e necessários para viver no meio da selva, mesmo que não nos queiramos misturar.
E o mundo diz: "Cresce e ganha responsabilidades. Assim serás um de nós...".
Ora porra, dêem-me as responsabilidades, que eu vou crescendo o suficiente para lidar com elas. Dêem-me as oportunidades e eu ponho em prática as responsabilidades. Eu quero assumi-las, a minha vida a isso obriga.
Mas vão para o diabo mais a vossa "adulticidade" mesquinha e fútil. Não me façam vomitar nas vossas gravatinhas de seda acagaçadas por pensar no futuro. Eu vivo um dia (no máximo dois) de cada vez. Sei lá se amanhã ainda estou aqui?... E se morrer durante a noite com um ataque de asma? E se, de repente e sem qualquer razão aparente o Mundo acaba, ou o meu prédio cai, ou uma chuva de rinocerontes mata toda a gente?
Nao quero saber do vosso mundinho cruel, estúpido e fútil. Sim, estou a renunciar a essa selva da qual voces se queixam diariamente, mas que estão tão viciados nela que não resistem a enterrar-se mais um pouco...
Também não vou ficar aqui em baixo, a ouvir-vos criticar-me e chamar-me chulo e pendura e coisas do género, até porque não me sinto bem a viver à custa dos outros...Não...isso não vai ser assim por muito mais tempo...Vou ficar na fronteira entre o Mundo lindo à minha volta e o vosso mundinho stressante. Ainda assim, nunca me terão como um de vós! "Vão para o diabo sem mim ou deixem-me ir sozinho para o diabo!" Porque havemos de coexistir? Não tem qualquer lógica. Deixem-me em paz, gentes enforcadas em gravatas caras. Não serei fútil como vós. Quero ser feliz com os meus sentimentos os sentimentos dos que me amam.
Não quero ir longe no vosso mundo. Quero ir longe pelos meus padrões. Quero sentar-me com os meus amigos na praia, tocar umas músicas, cantar outras, aprender e respirar a vida. Quero ter um emprego (com ou sem trabalho) que me dê para os meus gastos, e para a vida que quero e onde a quero ter. Quero estar com o meu Amor, a minha Princesa e dar-lhe mais que bens materiais, se bem que um ou outro possam surgir...um jantarinho aqui, um lanche ali, um cinema, teatro, prendas de anos, Natal, Páscoa e Dia dos Namorados...Sendo isto possível, eu serei feliz assim.
Deixem-me da mão! Eu sou o que sou e sou quem sou e não quero ser outro! Não vou ser o que vocês querem quem eu seja. Vou ser o que quero e ponto final.
Morram os fúteis, morram, pim!
Vocês que são banais, morram...fim!
in Aula de História
Post Scriptum: Errr..Como é que me identifico? Com o nome ou com o número?

2 Comments:

Blogger Daniel Cardoso said...

Pois bem, assino por baixo desta declaração com toda a convicção!

E vivam Fernando Pessoa e Almada Negreiros. ;)

Espero que vás longe com este blog. Eu contribuo à minha maneira: fazendo publicidade.

Prometeu

3:39 AM  
Blogger Sophia said...

Concordando com o Prometeu, aqui deixo também a minha assinatura! E fico feliz por mais gente partilhar a minha ideia, por haver alguém que não me olhe como se eu fosse de outro planeta (até devo ser...) quando digo que não quero NUNCA ser adulta!

E também eu vou fazendo publicidade... ;)

12:46 PM  

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