Friday, April 22, 2005

Erros...

Sinto-me errado...Sinto este cigarro errado...O sabor a sangue permanece na minha boca..O cheiro a sangue continua no meu nariz..As lágrimas secas queimam-me os olhos...
Apago o cigarro com dedos trémulos...
Doem-me os músculos da cara, de tanto chorar...doem-me os olhos de os manter forçosamente cerrados para libertar estas gotas salgadas que me ardem e consomem, e para os fechar à realidade que tem o mesmo efeito...
Estas são as dores inevitáveis do Amor, são as dores inevitáveis de quem sente a falta do carinho, do calor e da ternura de um certo abraço reconfortante...
Esta dor, inexoravelmente, dói-me...Os meus olhos tornaram-se dois nódulos inchados que me custam abrir e até fechar...Não consigo esboçar um sorriso..Não consigo estar...Não consigo inspirar, nem expirar, nem explicar...Ideias suicidas assolam os meus pensamentos e encosto com alguma força a lâmina prateada de um punhal baldio...não o deixo passar para lá da minha pele...não vou deixá-lo magoar-me..afinal, já somos amigos há tanto tempo...Já me fez derramamar sangue antes..mais que uma vez..mas ele não tinha a culpa..eu é que era (e talvez ainda seja) demasiado fraco para lhe dizer não. Porém, desta vez, revolto-me e digo-lhe que deixe o meu pulso em paz..não o voltará a dilacerar! Não enquanto a troca de promessas se mantiver..não vou voltar ao mesmo estado de espírito que me assolava o ser há tempos atrás..A luz dentro do meu peito deixou de brilhar..Desvaneceu-se em lágrimas e sangue..até um anjo de escuridão me encontrar e me mostrar os seus lábios suplicantes por uma nova côr, para lá do negro..Arranjei e inventei forças..ainda hoje as invento..e faço-as nascer a cada segundo que passa..Talvez por isso tenha dito "não" à lâmina brincalhona que descansava com peso no meu pulso..Porque Amo com mais força que aquelas que julgava ter..e quem me conhece compreende isso..
Eu Amo-Te...e dói-me não te ter...Amo-Te.

Halgalad
"Vai ficar tudo bem, isso eu sei..Quando o sol se juntar ao mar..E eu te voltar a beijar.."

Wednesday, April 20, 2005

Aimer...

Je pense dans cette obscurité
Et ma vie me semble morte...
Je peux pas respirer,
Je peux pas regarder
Cette réalité...

Je regarde à ce précipice
Et je me promène dans ce limbo
Que j'adore,
Que me tue...
Je saute...
Je voile dans le vaque de moi...
Je meurs
Et je ne veux pas rétourner...
Pourquoi rétourner?
Pourquoi?

Par l'Amour?
Ça me blesse...
Je lutte, mais je ne peux pas
Gagner...
Aimer,
Ç'est trop fort...
Et je suis mort
Par Aimer...

Faint

You take it all up on you..You try to help everyone around..You bother about every one..You feel and steal their pain away, keeping it for you..You find out that you're not that strong enough..You run to the bathroom, try to find out what does still rest of yourself..Everything gets darkened..all you see are two tiny gray eyes staring back at yo in the mirror..you see nothing else..suddently you wake up with screams on the other side of the bathroom door..There are people yelling for you.."PLEASE, OPEN THE DOOR!aRE YOU OK?" you get up weakly and you feel a strong pain in the back of your head..You say with a weak voice "It's allright..I'm okay..don't bother.". They ask you what was that loud noise..and suddently you remember everything..The others' pain..The mirror..Your eyes drawn in pain..The fall..Your head against the bath tub..24hours later, you realize why did you fainted:

You had to release the pain.

Tuesday, April 19, 2005

Culpa Desculpada

Ninguém tem culpa do que se está a passar...Nem tu, nem eu..Ninguém tem culpa de se apaixonar...O Amor surge sempre escondido em atitudes e outras coisas...Se não o compreendemos ficamos confusos, mas assim que o descobrimos, mesmo que a alma tenha medo de se magoar, o corpo avança e faz o beijo surgir.
O Amor acaba por ser descoberto e a paixão fá-lo seguir em frente...Mas a culpa não é nossa...E por mais que nos doa, aguentamos, porque sabemos que há alguém no meio deste mundo que só parece querer magoar-nos que nos ama e nos faz sentir especiais. Mesmo que estejamos longe, amamos e esperamos para estar de novo nos braços um do outro...E quanta felicidade transbordamos quando tal acontece...Quão bom é sentirmo-nos desejados e sentir que estamos onde pertencemos...
Porém, enquanto isso não acontece, a dor de não poder sentir o calor do abraço de quem amamos e desejamos e dói como chamas que consomem o coração...
Mas não tentemos culpar-nos por essa dor...Não tem lógica...é absurdo sentirmo-nos culpados por sentirmos algo tão nobre como o é o Amor e não podermos estar juntos de quem nos corresponde...Dói, obviamente, mas não há nada que possamos fazer...A não ser esperar...
Sentimo-nos fracos, desorientados, inventamos defesas para nos tornarmos imunes e frios à dor...Distraímo-nos durante o dia, trabalhamos mais, saímos...Mas à noite, quando voltamos para casa, deixamo-nos cair na cama, deitamos a cabeça em cima de uma camisola com um cheiro lindo que nos traz à memória uma pessoa linda e os momentos que passámos com ela, sem esperar ou pedir licença, jorram lágrimas pela nossa cara como rochas pontiagudas que nos magoam a cara e o peito, por dentro e por fora e caem na almofada, pesadas, duras e frias e queimam como um fogo negro e terrível...e quando damos por nós, adormecemos...Acordamos no dia seguinte com nuvens, estrelas e lágrimas nos olhos...Lá vamos nós de novo...Ouvimos uma música que traz recordações e choramos, mas procuramos esquecer a dor e continuamos a luta diária.
Sentimos a inevitável dor do Amor...Mas não temos a culpa...Temos coração e alma...Essa combinação faz-nos amar...e eu Amo-Te.

Halgalad

Wednesday, April 13, 2005

O Último Adeus - Um Amor Renascido (Parte I - Fénix)

(N. do a.)O texto original estava escrito em inglês, pois que sou um anlgomaníaco..mas tomei a liberdade de o traduzir para que assim fique disponível para os que são demasiado preguiçosos para ler em Inglês.

Fénix

Silenciosamente, ele acordou de outra noite sem sonhos, com o primeiro raio de sol que lhe acariciou a face.
Uma lágrima cai calmamente, queimando-lhe a cara, deixando um pequeno rasto de chamas...Ele levantou-se com uma estranha sensação de déjà-vu e finalmente decide escrever uma carta:

"Meu amor,

Acho que estou a morrer...Tudo o que faço sinto-o como se já o tivesse feito antes...em qualquer outra vida...Sou perseguido por déjà-vus a todo o instante...
Toda a minha vida ouvi dizer que quando estamos a morrer vemos toda a nossa vida à frente dos nossos olhos...Acho que a minha vida está a chegar a um fim que não era o que eu esperava...Estou auto-desiludido e creio que esta é definitivamente a melhor saída...Queria poder recomeçar desde o primeiro momento, mas não posso...Apenas te peço..não chores, meu amor...na minha morte não sentirei dor...Amo-Te e vou Amar-Te sempre...Até na Morte."

Fechou então a carta e pousou-a na sua almofada...Lenta e convictamente como uma onda contra as rochas, como a sua quedo pela janela do sétimo andar...
Ele libertou-se a si mesmo e a ela daquela coisa a que chamavam amor...Mas tinha caído em rotina...Não havia nada de novo para fazer ou dizer...Ainda se preocupavam um com o outro, mas o amor era agora apenas uma pequena e profunda luz dentro dos seus corações.
O amor entre eles não morreu..mas ele não o conseguia aguentar mais...Ele morreu...mas o amor não.

Ela acordou...Esperançosamente atirou o seu braço na direcção dele...A sua mão caiu na almofada...vazia, impotente...o toque sedoso e duro do papel faz-se sentir na sua mão.
Ela abre a carta...
Uma folha de papel cai...
Ela ajoelha-se e chora desesperadamente...
Subitamente, ela levanta-se e pega nas chaves do carro, com uma expressão apática no rosto. Ela passa pelo corpo inerte dele e pára junto a este. Dá-lhe um último beijo nos lábios.
Ela entra para o carro e conduz até tão longe quanto pode ir...
Pega numa caixa inteira de comprimidos e engole todos, um a um, enquanto conduz.
Adormece, inconsciente...
O carro continua a avançar, enquanto ela dorme...Mas, de repente, algo sucede...O carro dirige-se para um precipício e lá em baixo as ondas rebentam furiosamente contra as rochas...a viatura avança cada vez mais rápida...mas então...
Ela acorda e vê toda a sua vida mais rapidamente que um raio de luz...Olha para a direita..Um carro vem na sua direcção, a alta velocidade...Tudo aconteceu em nanosegundos...O grito de pneus, vidros partem-se, dois carros embatem na autoestrada...Ela jaz..não conseguiu aguentar a falta dele...Ela morreu...mas o amor não.

Biiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiip...bip, bip, bip, bip...

Treze dias depois, uma mulher chamada Alguém acorda numa cama de hospital...Sem saber porquê, chora...Já havia esquecido o sabor das lágrimas...Não se lembra sequer de ter alguma vez chorado...Não se lembra da última vez que respirou, mas ainda consegue encontrar uma pequena e profunda luzinha no fundo do seu coração..."O que aconteceu?" Esta questão vai ecoando dentro da sua cabeça...Ela faz um esforço para recordar...Uma estrada, dois focos de luz, um súbito bang!, uma luz forte e uma escuridão repentina...
Olha para a direita...Sentindo que já o tinha feito antes...Encontra um homem de aspecto familiar deitado numa cama igual à sua e às muitas outras à sua volta...Pergunta à enfermeira há quanto tempo está ele ali e porquê, ao que a enfermeira responde que ele está ali há treze dias num coma profundo, devido a uma queda do sétimo andar. Tudo o que se sabia dele era apenas que tinha deixado uma carta para a sua amada e que uma mulher qualquer, ao sair do seu prédio, lhe deu um beijo nos lábios, quando ele já estava prostrado no chão.
Isto pareceu-lhe estranhamente familiar e ela fechou os olhos, novamente, procurando por qualquer imagem, qualquer memória que a remetesse para uma associação àquele homem...A luz no seu coração cresce e o coração bate cada vez mais acelerado...Ela não consegue entendê-lo...Quem era ela? Quem era aquele homem? O que tinham em comum?

Bip...bipbipbip...bipbip...bip...bipbipbipbipbipbip...bipbip...bip...

"Doutor, os níveis de ritmo cardíaco dela não estão bons...Creio que está a sofrer de um ataque de taquicárdia..."
Ela acorda de novo...Interroga-se o que se passa à sua volta...um grande tumulto rodeia-a...As vozes dos doutores e os termos técnicos ecoam-lhe na cabeça...
"Doutor, ela acordou! Como se sente, senhora? Alguma dor? Alguma coisa errada consigo?" "Não...Eu estou bem...acho..." "Wow...Assustou-nos bastante, minha senhora...OK! Podem abortar todos os procedimentos de emergência...Ela está bem..."
Silêncio, de novo...Ela lembra-se daquele homem, agora...Ela lembra-se da maneira como o seu coração batia acelerado e...desmaia...Caiu num coma novamente.

[]
Sentindo-se como se não restassem ossos do seu corpo, ele sente-se despedaçado e impotente...estará morto? Será aquilo o Paraíso? Ou qualquer outro lugar sagrado para onde vão os mortos? Está tudo tão luminoso, tudo tão claro...Ele ouve uma voz grave questionando-o: "Porque estás aqui? Como cá chegaste?". A sua única resposta são lágrimas...mesmo desconhecendo o seu significado...
A voz continua com perguntas mais fáceis: "Tens um coração?" Ele crê que sim..."O que está dentro dele?" Sangue, dor, talvez Amor..."Amor? Onde já ouvi isso antes? Ah, sim...já o senti uma vez, também...mas perdi-o...algures em qualquer parte esquecida da minha existência...infelizmente...quem me dera poder recuperá-lo..." Também a ele...também a ele..."E porque não o recuperas?" "Bem...a minha história acabou, não foi?" "Não exactamente...ainda vais a tempo de fazer um último pedido..." "Oh...o quanto eu queria fazê-la feliz até ao fim das nossas vidas..." "Hum...creio poder ajudar-te nisso..." "Como?" " Abre os teus olhos." "Como?" "Recupera a tua alma." "Como?" "Essa luz dentro do teu coração...É onde está a tua alma..." "Mas é o meu Amor..." "É a tua força."
Finalmente ele abre os olhos...instintivamente, olha para a esquerda...e encontra uma mulher...numa cama de hospital. Também ele está deitado numa igual...Ele lembra-se dela...Ela era a Tal, a razão pela qual ele tinha ele tinha aquela luz dentro dele...
  • Próxima parte - Parte II - A Ressurreição

Night Elf

Tuesday, April 12, 2005

A dor de ter de ficar...

Correr lado a lado com quem se ama para a carruagem certa, ajudar a pessoa amada a subir para a carruagem, dar-lhe o saco, implorar por um último beijo e de repente, (bang!) a porta fecha-se e o comboio parte a alta velocidade...a pessoa que ainda nem há um segundo havia dado um beijo salgado de lágrimas partiu..e já nada mais faz sentido... As lágrimas caem em catadupa e sabem a sangue. Caminho a dois centímetros da beira da plataforma..não me importa se vem outro comboio, se me desequilibro..nada mais importa..quem amo partiu e não sei para quando a sua volta..o que mais dói é saber que, por mais que quisesse, não poderia amenizar a ausência e ir ter com ela..o que vale é que tenho óptimos amigos que me mostram inclusive aquilo em que acredito e até as regras vampíricas pelas quais me rejo. Amigos que até o seu próprio pescoço me dão a morder, amigos que saltam das alturas comigo, amigos que secam as minhas lágrimas e me dão motivos para não chorar enquanto estiver ao pé deles.

Mas..."How long will I keep this Candid Camera smile?" A minha dor não é apagada apenas por ter gente que gosta de mim a sério a dar-me momentos alegres.. Aliás..a dor de perder alguém mesmo que temporariamente não pode ser sempre apagada por momentos de fraternidade..

Sim..eu sei..não me devo prender aos sentimentos maus, mas sim, às boas recordações..mas é o que faço. Mas com as boas recordações vem um sentimento "mau": Nostalgia. Assim como os elfos se sentem quando olham para o mar, eu sinto-me assim sempre que me lembro de cada momento passado ao lado da que me escolheu e se deixou escolher por mim.

I'll get better..soon..

Night Elf

Thursday, April 07, 2005

Protesto Anti-Adultos

Procurando algo que me ajude a viver, lutando para respirar mais fundo num mundo que nada quer de mim, a não ser que me junte a ele...Esse mundo é uma selva onde os Homens são canibais e têm facas afiadas para cortar as pernas a quem não atingir os objectivos por eles perseguidos.
Eu não quero crescer. Aliás, quero, mas quanto baste. Ser adulto não me seduz, apesar de haver aspectos essenciais e necessários para viver no meio da selva, mesmo que não nos queiramos misturar.
E o mundo diz: "Cresce e ganha responsabilidades. Assim serás um de nós...".
Ora porra, dêem-me as responsabilidades, que eu vou crescendo o suficiente para lidar com elas. Dêem-me as oportunidades e eu ponho em prática as responsabilidades. Eu quero assumi-las, a minha vida a isso obriga.
Mas vão para o diabo mais a vossa "adulticidade" mesquinha e fútil. Não me façam vomitar nas vossas gravatinhas de seda acagaçadas por pensar no futuro. Eu vivo um dia (no máximo dois) de cada vez. Sei lá se amanhã ainda estou aqui?... E se morrer durante a noite com um ataque de asma? E se, de repente e sem qualquer razão aparente o Mundo acaba, ou o meu prédio cai, ou uma chuva de rinocerontes mata toda a gente?
Nao quero saber do vosso mundinho cruel, estúpido e fútil. Sim, estou a renunciar a essa selva da qual voces se queixam diariamente, mas que estão tão viciados nela que não resistem a enterrar-se mais um pouco...
Também não vou ficar aqui em baixo, a ouvir-vos criticar-me e chamar-me chulo e pendura e coisas do género, até porque não me sinto bem a viver à custa dos outros...Não...isso não vai ser assim por muito mais tempo...Vou ficar na fronteira entre o Mundo lindo à minha volta e o vosso mundinho stressante. Ainda assim, nunca me terão como um de vós! "Vão para o diabo sem mim ou deixem-me ir sozinho para o diabo!" Porque havemos de coexistir? Não tem qualquer lógica. Deixem-me em paz, gentes enforcadas em gravatas caras. Não serei fútil como vós. Quero ser feliz com os meus sentimentos os sentimentos dos que me amam.
Não quero ir longe no vosso mundo. Quero ir longe pelos meus padrões. Quero sentar-me com os meus amigos na praia, tocar umas músicas, cantar outras, aprender e respirar a vida. Quero ter um emprego (com ou sem trabalho) que me dê para os meus gastos, e para a vida que quero e onde a quero ter. Quero estar com o meu Amor, a minha Princesa e dar-lhe mais que bens materiais, se bem que um ou outro possam surgir...um jantarinho aqui, um lanche ali, um cinema, teatro, prendas de anos, Natal, Páscoa e Dia dos Namorados...Sendo isto possível, eu serei feliz assim.
Deixem-me da mão! Eu sou o que sou e sou quem sou e não quero ser outro! Não vou ser o que vocês querem quem eu seja. Vou ser o que quero e ponto final.
Morram os fúteis, morram, pim!
Vocês que são banais, morram...fim!
in Aula de História
Post Scriptum: Errr..Como é que me identifico? Com o nome ou com o número?